Pioneira na crítica aos métodos tradicionais adotados pelas clínicas psiquiátricas, a doutora Nise da Silveira concede entrevista ao JB e defende o projeto de lei do deputado federal do PT-MG, Paulo Delgado, pela substituição progressiva dos manicômios por outras modalidades de atendimento aos esquizofrênicos.
Apresentado ao Congresso Nacional em 1987, o projeto só seria aprovado anos depois, em 6 de abril de 2001, tornando-se um marco da reforma psiquiátrica.
Drª Nise promoveu uma revolução na Psiquiatria no Brasil. Criou a Seção de Terapêutica Ocupacional no Centro Psiquiátrico Nacional de Engenho de Dentro. Fundou o Museu de Imagens do Inconsciente, um centro de estudo e de pesquisa que reúne obras produzidas nos ateliês de pintura e modelagem (trabalho através do qual introduziu a psicologia junguiana no Brasil). Criou a Casa das Palmeiras, clínica destinada ao tratamento de egressos de instituições psiquiátricas, com atividades expressivas realizadas em regime de externato. Foi também pioneira na pesquisa das relações afetivas entre pacientes e animais. Foi membro fundador da Sociedade Internacional de Psicopatologia da Expressão, com sede em Paris.
Os princípios de Drª Nise inspiraram a criação de Museus, Centros Culturais e Instituições Psiquiátricas no Brasil e no exterior. A importância de sua obra foi reconhecida por inúmeros títulos, prêmios e condecorações em diferentes áreas do conhecimento: saúde, educação, arte e literatura. Faleceu em 30 de outubro de 1999.
Vejam alguns nomes que ainda continual na luta: Paulo Amarante, Eduardo Vasconcelos, Marco José e Pedro Gabriel
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